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Especialista adverte sobre riscos dos “games”

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Professora Yacaia Lopes

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Crianças e adolescentes trocam gibis por jogos eletrônicos

Nas décadas de 60 e 70 a mente juvenil foi dominada pelos gibis ou “revistas de quadrinhos”, ainda hoje muito comuns, mas muito menos consumidos. À época, a inovação originada nos EUA graças a Walt Disney que incrementou as leituras, com os famosos personagens da Disneylândia, fazia sucesso entre as crianças e adolescentes que optaram em massa por esse tipo de leitura, de certa forma rompendo com as tradicionais leituras de romances clássicos da literatura brasileira, muito embora a exigência das escolas que incluíam vários desses nos seus programas de cursos.

 

Hoje, os gibis foram também descartados. Não totalmente, é verdade, mas certamente superados pela febre dos vídeo games que encontraram fértil terreno na mente juvenil, graças ao avanço da tecnologia e do fácil acesso das famílias a essas novas ferramentas do conhecimento.

 

Divertidos, excitantes, incitadores, os games entretêm. Mais que isso, viciam. É o que adverte a especialista em educação do Sistema Indústria, responsável pela área de educação do SESI, Yacaia Lopes. “Ninguém desconhece a importância dos games, uma realidade da moderna tecnologia. No entanto, há uma forte tendência da juventude, e também de adultos, a incorporarem de tal modo essas ferramentas ao seu dia a dia que findam por se tornar dependentes”, adverte.

 

Não é de hoje que o efeito dos games fustiga educadores e especialistas da área. Para alguns, o estímulo por eles emprestado assemelha-se aos vícios mais comuns, conduzindo o indivíduo a um isolamento que não incentiva a troca de informações ou emoções com outras pessoas. O que pode causar consequências preocupantes no futuro.

 

Para Yacaia Lopes, “há um certo comodismo das famílias, principalmente dos pais, já que os games conseguem manter os jovens no ambiente doméstico, mais reservado e seguro diante da crescente violência das ruas”. Segundo a especialista, o acesso aos games deve ser dosado e compartilhado por outros entretenimentos que favoreçam as relações humanas, hoje tão frágeis. O cinema, segundo ela, mesmo sendo vídeos domésticos assistidos em conjunto, favorecem o bom relacionamento familiar, da mesma forma que a discussão sobre as letras de boas músicas pode resultar numa construção positiva do arcabouço psicológico do jovem e bem assim os jogos que permitam a interatividade entre os participantes. “É fundamental que os instrumentos acessíveis aos jovens sirvam para aproximar os humanos uns aos outros e não distânciá-los”, setencia.     

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